terça-feira, 3 de maio de 2011

O RELÓGIO DO ITAÚ E A IGNORANTOCRACIA PAULISTANA




Ora, ora – ou melhor, “hora, hora” –, meus senhores! Quanta ignorância!

Sabemos que a idéia surgiu a pretexto de se fazer cumprir a chamada “Lei Cidade Limpa”, considerada como quase excelente pela maioria dos paulistanos e por nós também. Contudo, ninguém conseguirá deletar o nome do relógio que é um dos símbolos da Capital Paulista, o conhecidíssimo Relógio do Itaú, nome este já imortalizado pela bonita composição “Noturno em São Paulo”, de Cido Bianchi e Sérgio Lima, eternizada na linda voz de Dick Farney.

Ao longo de tantos anos, transitando à noite por nossa principal avenida, na qual cheguei a residir, ao passar por aquele monumento marcador de horas e informante da temperatura, não raro saltavam de minha memória os inspirados versos daquela canção: “Na cordilheira da Paulista o relógio do Itaú me diz / Que eu estou a 15 graus de ser feliz”!

Normalmente não me presto a defender instituições bancárias e muito menos o interesse de banqueiros. Entendo, no entanto, que se algo de muito útil e valioso o Banco Itaú vem proporcionando a São Paulo, há que ser ressaltada a manutenção desse verdadeiro ícone que é seu relógio. A Instituição merece, por isso, ter seu nome atrelado à monumental estrutura de 72 toneladas de ferro, com 15 metros de altura e 2.470 metros quadrados cobertos por lâmpadas que, acendendo e apagando, nos informam inclusive a quantos graus estamos de ser felizes!

Instalada a polêmica, partimos para a leitura da Lei Cidade Limpa e do decreto que a regulamentou, quando constatamos que tratam de nomes e logomarcas, mas não há disposições sobre cores. Assim, se para cumprimento da lei forem retiradas as letras, que ao menos permaneçam as cores. E que, com isso, a Instituição continue tendo motivo para a manutenção deste presente para os paulistanos, para os que nesta cidade vivem ou sobrevivem, ou para os que visitam tão pulsante metrópole. Tão pulsante quanto as milhares de lâmpadas do Relógio do Itaú.

Carlos E. F. Vecchio

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Carlos Vecchio Renascendo!


No dia 16 de julho de 2.009 tive oportunidade de renascer!
Imagine que, após uma série de exames, um
cateterismo mostrou que das três principais artérias,
uma estava com mais de 60% de oclusão, outra com
mais de 70% e a terceira já estava completamente
entupida! 100%! Em volta desta última, os
pequenos vasos que iam se formando podiam estourar
a qualquer momento. Alguns doutores atribuíram tal
situação aos mais de 40 anos durante os quais fumei mais
de 40 cigarros por dia. Acredito que tenha sido uma das
causas, nas a cinco anos parei de fumar, da noite para o
dia, radicalmente, e foi tão difícil que poderia ter recebido
outro tipo de prêmio... Felizmente, eu tinha escolha:
entrar na faca ou numa cova. Evidente que optei pela
primeira alternativa. E se agora escrevo é porque estou
vivo, renascido graças a bons cardiologistas, ao
diagnóstico correto, a uma cirurgia impecável, aos que de
mim trataram, em especial a minha companheira de lar,
vida e lutas... e, certamente, às preces, pensamentos
positivos e toda a força que me foi passada por pessoas
que me querem bem e, informadas do que acontecia
comigo, acompanharam o drama.
Depois de pouco mais de um mês já estava me sentindo
bem, mas no começo, durante dias depois da cirurgia, parecia
que uma locomotiva havia passado por cima de mim!
Foram duas pontes de safena e uma de mamária,
numa operação complexa feita com o coração fora do corpo
por quatro horas. O que não assisti – mas deve ter sido
maravilhoso – foi quando o colocaram de volta, em seu lugar
entre costelas, no lado esquerdo do peito, e com um breve
choque voltou a pulsar, a bater forte e ritmadamente, como
vinha responsavelmente fazendo há tantos anos!
Parece que a recuperação está melhor do que o esperado
(pelo menos é o que dizem).
Mas tenho que ficar mais do que bom, simplesmente
ótimo, porque ainda nem saltei de paraquedas, nem de asa delta,
nem viajei de balão... e há muitos salões de baile à minha espera,
muitos amigos a serem curtidos, cavalos a serem cavalgados,
mares a serem navegados, lugares a serem visitados...
e preciso concretizar meu sonho de criar
um liceu de artes musicais para crianças carentes.
E há de sobrar tempo para ajudar, dentro do pouco que me é
possível, a mudar a melhorar a história deste país. Já que
renasci, a luta continua.
Termino fazendo minhas palavras ditas por Arafat:
“A justiça da causa determina o direito da luta. Sou um rebelde e
minha causa é a liberdade”.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sábado, 8 de março de 2008

O problema da violência desenfreada no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva eximiu os policiais de culpa pela violência no País, neste sábado, 8 de março (coincidentemente, Dia Internacional da Mulher, sendo certo que muitas mulheres continuam a ser vítimas dos mais inaceitáveis tipos de violência), durante a cerimônia de assinatura do cartão do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), no Palácio Guanabara, no Rio.

Segundo Lula, a maior responsabilidade pela situação atual é dos governantes, que “se ausentaram de parte da sociedade nos últimos trinta anos”.

A partir dessa declaração, nos grupos de discussão existentes em sites da Internet, surgiram as seguintes perguntas:

"Segundo Lula, a maior responsabilidade pela situação atual é dos governantes, que se ausentaram de parte da sociedade nos últimos 30 anos.Você concorda com as palavras de Lula? Quem é o culpado pela violência no Brasil?- Você concorda com o Presidente da República? Quem é o maior culpado pela violência no Brasil?"...

Vez por outra questionam-me sobre esse tema - principalmente alunos meus - e entendo que hoje é um bom dia para deixar registrado o que penso a respeito.

Claro que o Presidente Lula está certo. Em princípio, a culpa é dos governantes. Mas, não basta a ele bater no peito e dizer "mea culpa". Muito mais já deveria ter sido e estar sendo feito - e não só pelo seu governo, mas pelos anteriores, que foram bem piores na condução e na falta de resolução dos problemas nacionais.

Já existe a certeza, hoje, de que há dinheiro suficiente para uma verdadeira revolução no sistema prisional; mas, mesmo as verbas destinadas a esse fim não tem sido inteiramente aplicadas, quando não o são de forma inadequada.

Se o Presidente da República diagnosticou bem, trata-se agora de recuperar o tempo perdido. E com urgência urgentíssima.

Ao lançar o Cartão Pronasci o Poder Executivo está fazendo pequena parte do que lhe cabe. Possibilitar condições para que as polícias estaduais tenham melhor infra-estrutura, mediante verbas específicas a serem entregues aos governos de cada Estado e com mecanismos de controle das aplicações é um importante passo.

Mas, há que se considerar que os atuais governos estaduais têm grande parte da culpa pela violência que campeia. Basta verificar que, da verba disponibilizada pelo Governo Federal para a construção de seis novos presídios de segurança máxima, apenas um estado da Federação se predispôs a aceitar o necessário para construir o seu. Até parece que nos demais estados a violência não existe, ou não é problema que deva preocupar...

Contudo, talvez não esteja aí, nos poderes executivos federal e estaduais, a culpa maior pelo extraordinário nível de violência que assola o País; é até provável que esteja com peso maior nos poderes Legislativo e Judiciário, principalmente neste último.

No Legislativo porque, de tempos em tempos, as leis teriam que se adaptar às novas exigências de uma sociedade em permanente mutação, com diferentes necessidades. Nosso Código Penal de 1940, por mais que tenha sido alterado ou complementado por outras leis, já está longe de atender a tais necessidades. Nas duas casas do Congresso Nacional, entretanto, continua imperando uma representatividade da pior espécie, posto que os devidamente representados são apenas os grandes trustes, as grandes instituições financeiras, as multinacionais, o latifúndio... enfim: tudo menos o povo. E isto porque os senhores deputados e senadores representam apenas os interesses dos financiadores de suas campanhas políticas, que via de regra se contrapõem aos interesses dos eleitores. Para a maioria dos “legisladores” importa mais o desviar dos focos, via CPIs ou o que mais servir, contanto que as questões estruturais sejam sistematicamente postergadas.

Quanto ao Poder Judiciário, encontram-se aí cancros dos piores, verdadeiros tumores representados por engessamentos de todos os tipos, pelo predomínio das firulas jurídicas sobre a justiça propriamente dita, pela demora absurda na resolução das causas, inclusive as mais simples e de soluções óbvias. É máquina enferrujada, impregnada de uma burocracia que não conhece limites. E, embora com certeza existam os bons, dignos, cultos e justos magistrados, nem mesmo estes desconhecem o nível de corrupção que, lamentavelmente, vem assolando, e cada dia mais, também este Poder.

Existe ainda outro culpado pelos atuais níveis de violência que presenciamos e que nos vem atingindo: o homem comum da chamada classe média, que talvez por comodismo – senão por ignorância – aceita como verdade tudo o que lhe diz a grande mídia, que todos sabem ser mantida pelos conhecidos anunciantes e que, portanto, faz o jogo das elites econômicas e políticas. Assim, essas “pessoas da classe média” continuam aceitando como bons ou razoáveis governos que foram simplesmente execráveis, insistindo em considerar como horrível um governo que se voltou para o social, e que vem propiciando melhorias ao País, em todos os níveis, com a inclusão dos mais carentes no mercado de consumo, a abertura de postos de trabalho “com carteira assinada” em índices há muito não vistos, a redução da dívida externa – e com isso a diminuição de nossa dependência política –, a ampliação do acesso à alimentação, à saúde e até à educação e assim por diante. Mas tudo isso, para o infeliz cidadão da classe média, simplesmente não interessa. Nem o aumento da violência, contanto que não bata em sua porta. E se bater... “a culpa é do governo”.

Por fim, se quisermos nos aprofundar mais seriamente nas causas da violência, chegaremos ao Sistema. Ninguém, sendo honesto consigo mesmo e com seus compatriotas, discordará do fato de que vivemos ainda na pior forma de capitalismo, o chamado “capitalismo selvagem”, que tem seu fundamento no egoísmo exacerbado, no “salve-se quem puder”, no “quero o meu conforto e estrepem-se os incomodados”, no “quero mais é que a periferia exploda”, enfim, na tão conhecida e praticada “lei da vantagem”.

Persistindo o sistema a que estamos atrelados será muito difícil para nosso país alcançar a paz, com prosperidade para todos e a predominância do querer bem. Isto somente pode ser conseqüência de um nível de justiça social do qual estamos ainda muito, muito distantes.

Carlos Eduardo F. Vecchio

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Aos arautos do apocalipse

22/02/2008 - 11h57
Dólar cai e fica abaixo de R$ 1,70;
Bolsa sobe e se aproxima de recorde
Da Redação (UOL)
Em São Paulo


"O dólar comercial opera em queda pelo quinto dia seguido e chegou a ser cotado a menos de R$ 1,70, o que não ocorria desde 1999. Enquanto isso, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue em alta e se aproxima de recorde histórico.

Às 11h50, a moeda americana caía 0,58% e era vendida por R$1,701. Mais cedo, por volta das 11h25, chegou a cair 0,7%, para R$ 1,699 (veja quadro com o câmbio atualizado).

O Ibovespa, indicador de referência do mercado brasileiro de ações, subia 0,42%, a 64.058 pontos, também às 11h50 (acompanhe gráfico da Bolsa com atualização constante). No pico do dia até então, chegou a atingir 64.554 pontos. O recorde de fechamento é de 65.790 pontos, alcançados em 6 de dezembro do ano passado".

Interessante! Faz-me lembrar dos arautos do apocalipse (representados por “Malu Mulher, etc), que antes das primeiras eleições vencidas pelo atual governo apregoavam que, se tal vitória ocorresse, o valor do dólar ultrapassaria dos R$5,00 e que os índices de inflação iriam disparar... e vai (iam) por aí...

Evidente que nada disso aconteceu, como prova a notícia de hoje, 22 de fevereiro de 2008, acima reproduzida.

Mesmo assim, nada disso teria valor se o número de carteiras de trabalho assinadas não estivesse em acentuada evolução; se milhões de brasileiros que eram classificados como das classes D e E não estivessem passando para a classe C, entrando finalmente no mercado; se a economia brasileira continuasse a balançar de acordo com o desempenho da economia dos EUA; se, da posição de devedor, o Brasil não tivesse passado à condição de credor internacional; se os avanços da indústria e da agricultura não fossem comprovadamente tão sólidos e acentuados; se o quadro geral não apontasse para dias melhores, com tão boas perspectivas de inclusão dos mais pobres dentre os menos favorecidos.

E quem preferir falar sobre corrupção (assunto que continua sendo muito atual e oportuno) o que também é que leia antes o que tem sido publicado sobre a Paulipetro (rombo de quatro bilhões e trezentos milhões de reais, recém confirmado pelo STF, dos quais só o Sr. Paulo S. Maluf deverá repor 765 milhões), ou sobre a CPI dos Sanguessugas, que não terminou e continua a ser abafada pela grande imprensa.

Assim, diante das recentes pesquisas de opinião, concluo que o povo não é burro, pois desvinculou o seu entendimento sobre a realidade... das campanhas que continuam a ser feitas pelas grandes redes de TV, pelas grandes (e parcialíssimas) revistas semanais, pelas principais emissoras de rádio e pelo jornais diários de maior tiragem.

Enganados são todos aqueles que acreditam mais na grande mídia do que na realidade vivida.

C.E.F.V.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Atenção! Um novo golpe pode estar sendo arquitetado.

Só para lembrar: o movimento político-militar deflagrado em 31 de março de 1964 com o objetivo de depor o governo do presidente João Goulart resultou em duas décadas de triste obscurantismo. O golpe de estado teve como conseqüência nefastas alterações na organização política do País, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores do que chamavam de "Revolução de 64". O Regime Militar estendeu-se té o final do processo de abertura política, em 1985, quando as novas gerações já haviam sido alienadas. Os anos de chumbo foram marcados por um autoritarismo sem precedentes, com supressão dos direitos constitucionais, perseguição policial e militar, prisão e tortura dos opositores e pela censura prévia aos meios de comunicação. Nessa fase, em que a liberdade de imprensa não existiu, foi aprimorada a grande máquina da corrupção (de histórica existência), lamentavelmente utilizada até nossos dias. Tem sido enorme o esforço para desmontá-la; mas, como todos nós sabemos, não é fácil. O melhor remédio, com certeza, não seria um novo golpe militar, mas consta que ele já está sendo tramado pelas forças mais reacionárias do País, com a imprescindível e decisiva contribuição do PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Mais do que nunca, precisamos nos manter atentos! Olhos e ouvidos bem abertos (e narinas também, porque já há o cheiro de algo podre no ar).
O retorno ao autoritarismo seria a pior das tragédias para a Nação.
E o resto é balela.

C.E.Vecchio

Carta do FSM-2008 - Juiz de Fora - MG

A decisão de descentralizar o FÓRUM SOCIAL MUNDIAL cumpriu o seu papel e o conjunto de atividades de Juiz de Fora demonstra isso de forma plena. Discutimos ao longo do sábado temas de importância e peso para o conjunto das forças populares tanto na realidade de nosso País, como da América Latina e a problemática do Meio-ambiente, vital para todo o mundo.O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL contrapõe-se à verdade absoluta e religiosa do neoliberalismo e mostra a possibilidade um outro mundo possível.Os princípios básicos do FORUM SOCIAL MUNDIAL como alternativa se manifestaram na diversidade dos pontos de vista aqui apresentados. Não temos as respostas como bem o disse o professor Paulo Roberto Figueira Leal (Professor da Faculdade de Comunicação da UFJF), mas temos todas as perguntas e todo o caminho da utopia a ser percorrido sem medos e com a consciência que somos capazes de transformar a história de cada tempo das forças populares num mundo onde maior seja a igualdade social sem prejuízo da liberdade.Foi possível debatermos os vários aspectos da depredação do ambiente. Mostrarmos que a realidade da destruição ambiental afeta a vida e coloca em risco a própria espécie humana, tanto quanto encontrarmos a esperança que a o processo de organização e formação popular, resultantes da conscientizaçã o, define quem são os predadores, a quem interessa as várias formas de destruição ambiental e encontrarmos ao final a esperança e dela a disposição de luta.A luta é uma das determinações históricas do FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, pois só assim outro mundo será possível. A realidade próxima, vizinha de cada um de nós no tema América Latina, no passado vivo e ainda presente das ditaduras pela palavra de uma ativista cuja história é a síntese de tantas outras histórias, sinalizando coragem e permanência dos valores populares e do desejo de igualdade quaisquer que sejam as suas interpretações.Compreendermos o espírito de latinidade vivo e a importância da integração para que tenhamos ar e possamos sobreviver no mundo dos impérios não importa que dimensões tenham.Marchamos com a história à mão como o hino de resistência de Geraldo Vandré.Fizemos a hora. Continuaremos a fazê-la na perspectiva do sonho.No próximo ano teremos a edição do FÓRUM SOCIAL MUNDIAL em Belém do Pará. O comitê organizador percebeu que o Brasil é como se fora um tambor do mundo. O que aqui se faz, pelas dimensões continentais do País, pela imensidão e diversidade cultural, pela Amazônia, pelas características do brasileiro, um país de muitos países, justifica por si só o debate final. Os caminhos de um Brasil que tem na presidência da República um trabalhador, sem juízo de mérito, mas que significa uma ruptura que, decididamente, desagrada e assusta as elites. E, diga-se de passagem, que as nossas, as elites brasileiras, ainda são escravagistas em sua imensa e esmagadora maioria.O FÓRUM SOCIAL MUNDIAL é mais que denúncia, que constatação e não nenhuma camisa de força partidária ou ideológica a engessá-lo, ou a anestesiá-lo. É o instrumento de construção de um outro possível pela pluralidade dos sonhos, mas todos resguardados no desejo consciente de liberdade e justiça social, de igualdade.A Carta de Juiz de Fora, que fará parte do documento final do FSM, realizado simultaneamente em várias cidades do mundo, representando essa diversidade e o conjunto de sonhos e utopias, é parte de um imenso pulmão que se forma desde 2001, data do primeiro FSM na busca de um ar rarefeito no modelo neoliberal, mas presente em cada manifestação por diferente que seja, todas pautadas na convicção de um outro mundo possível.Reafirmamos aqui os nossos compromissos com esse pulmão. Juiz de Fora, 26 de janeiro de 2008.